sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Mais uma lição de humildade de Dalai Lama que arranca (sor)risos


O Dalai Lama confessou, numa palestra sobre a procura da felicidade na Austrália, como resolve o problema de flatulência, do qual também sofre, num vídeo que vai com certeza arrancar muitos sorrisos.


O líder religioso afirma que não se considera especial, que não pensa em si mesmo como “Budista”, “Sua Santidade o Dalai Lama” ou mesmo “Prémio Nobel”: “Eu sou apenas um entre sete mil milhões de pessoas”.
Nesta linha do raciocínio introduz um episódio que lhe acontece com frequência: “Às vezes quando estou num avião, fico com gases e aí é difícil de resolver o problema. Então de vez em quando olho em volta e faço assim [inclina-se para um dos lados]”, afirmou o Dalai Lama, arrancando o riso geral da plateia.
O líder tibetano ainda fala de valores que a sociedade ocidental tem vindo a perder e da solidão como uma atitude mental, não um resultado do ambiente social.

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Buda nasceu há mais de 2500 anos, indicam novos achados.


Arqueólogos descobriram o santuário budista mais antigo, no local onde se pensa que Buda terá nascido, no Nepal.

A localidade de Lumbini fica a meio do Nepal, já perto da fronteira com a Índia. O local histórico é o momento zero da vida de Buda. Pensa-se que foi aqui que o fundador do budismo nasceu, no meio do que seriam então florestas subtropicais, pântanos, planícies. Mas discute-se quando é que se deu esse marco basilar desta religião oriental. As datas que os historiadores lançam para a morte de Buda têm um grande intervalo, indo desde há cerca de 2290 anos (ano 290 a.C.) até há cerca de 4420 anos (2420 a.C.). Mas novos achados arqueológicos do que terá sido um santuário com arquitectura budista em Lumbini, com mais 300 anos do que os vestígios mais antigos conhecidos até agora, determinam que o seu nascimento tenha sido, pelo menos, há mais de 2500 (500 a.C.).
Estes resultados sobre a figura histórica de Buda e o início da religião a que deu origem foram publicados na revista Antiquity, nesta segunda-feira.
Há cerca de 500 milhões de budistas em todo o mundo, naquela que será a terceira maior religião. Para eles, Lumbini é um dos quatro locais sagrados relacionados com a vida de Buda – os três outros estão associados ao momento da auto-revelação de Buda (em Bodh Gaia, no Nordeste da Índia), ao seu primeiro discurso (Sarnath, no Norte da Índia) e, finalmente, ao local onde morreu com 80 anos e onde se proclama que tenha ascendido ao nirvana (Kusinara, no Norte da Índia).
A narrativa budista explica que a Rainha Maya Devi deu à luz Tathagata, o nome original de Buda, em Lumbini, agarrada a uma árvore e que terá morrido pouco depois do parto. Tathagata chegou a casar-se, mas acabou por rejeitar a riqueza e os bens materiais, enveredando por um caminho de ascetismo e abnegação que quase o ia matando de fome. Mais tarde, procurou um meio-termo entre a indulgência material e a abnegação total, desenvolvendo as bases do budismo.
As suas palavras e o que defendeu acabaram por produzir uma nova religião. Lumbini tornou-se então num local de peregrinação durante séculos. Posteriormente, o local foi destruído e só em 1896 é que foi redescoberto por um arqueólogo alemão. Ao longo do século XX, foram feitas várias escavações arqueológicas que comprovaram que aquele era, de facto, o local sagrado.
Em 1997, Lumbini passou a estar na lista dos sítios que são património da humanidade da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e a Cultura (UNESCO, na sigla em inglês) e, novamente, um ponto importante de peregrinação ao templo Devi.
No site da UNESCO sobre o local está referido que Buda nasceu em 623 a.C., portanto, já perto do final do século VII a.C. Mas as escavações feitas até agora tinham desenterrado ali um templo budista do III século a.C., associado ao Imperador Asoka, do Império Mauria, que governou aquela região asiática e teve um papel determinante em espalhar a religião budista entre os territórios que hoje são o Afeganistão e o Bangladesh. Há muitas estruturas arquitectónicas em vários pontos da Ásia associadas ao seu reinado. Assim, do ponto de vista arqueológico, as provas mais antigas do budismo são relativamente recentes.
Sabe-se muito pouco sobre a vida de Buda, excepto por fontes textuais e pela tradição oral”, explica Robin Coningham, professor e arqueólogo da Universidade de Durham, no Reino Unido, um dos responsáveis pelo projecto arqueológico e um dos autores do trabalho. Por isso, há tanta especulação sobre a sua data de nascimento.
Pensámos: ‘Porque não voltar a recorrer à arqueologia para tentar responder a algumas questões sobre o seu nascimento?’ Agora, pela primeira vez, temos uma sequência arqueológica em Lumbini que nos mostra um edifício que existia lá no século VI a.C.”, diz Robin Coningham, citado num comunicado da National Geographic Society, que apoiou esta investigação.
A nova estrutura descoberta fica por baixo do templo construído na altura do Imperador Asoka. É feita de madeira e tem uma arquitectura rectangular com uma disposição geográfica igual aos templos budistas mais recentes, que foram construídos por cima. Os investigadores utilizaram fragmentos de carvão e grãos de areia para determinar a idade da estrutura, utilizando técnicas de radiocarbono e técnicas ópticas de estimulação por luminescência.
No meio da estrutura, há um espaço aberto onde se descobriram raízes de árvores. A equipa de cientistas pensa que cresceram ali árvores que são muito usadas nos templos como símbolo do nascimento de Buda. “A sequência (dos restos arqueológicos) de Lumbini é um microcosmo para o desenvolvimento do budismo, que passou de um culto localizado para uma religião global”, lê-se no artigo.
Fonte: Público
 


domingo, 10 de novembro de 2013

Vertentes do Budismo


Conheça, a seguir, quais as principais diferenças entre as três mais importantes vertentes do budismo: Theradava, Mahayana e Vajrayana – e também o que todas elas têm em comum.

Ao longo de sua existência, a milenar filosofia do budismo se dividiu, se modernizou e se adaptou às novas necessidades que apareciam perante os homens. Nesse processo, surgiram novas interpretações de antigos ensinamentos e, consequentemente, novas vertentes da religião. Muitos fundamentos primordiais do budismo, como a crença em um ciclo de renascimentos e as noções de dharma e karma, são comuns a todas as escolas. No entanto, alguns conceitos apresentam profundas variações de vertente para vertente. A seguir, encontra a descrição de cada um dos principais ramos do budismo, seleccionadas para que conheça as diferenças entre eles descubra qual tem mais a ver consigo.

Theravada, a escola clássica

Considerada a vertente mais conservadora do budismo, a Theravada se recusa a mudar qualquer ensinamento que tenha sido transmitido por Buda, mantendo-se fiel às suas lições por mais de dois mil anos. É a escola mais antiga que existe e, não é por acaso que o seu nome significa “doutrina dos anciões”. Ainda hoje, todos os textos utilizados por seus adeptos são escritos em pali, o idioma usado pelo mestre em seus discursos e ensinamentos. Para os Theravadins, somente indivíduos “dignos” e “puros”, ou seja, aqueles cujas mentes estejam livres de contaminação, são capazes de atingir o nirvana. É difundida, principalmente, no Sri Lanka, Myanmar, Camboja, Tailândia e Laos.
 

Mahayana, a primeira vertente

Passados mais de quatro mil anos do surgimento do budismo, a necessidade de adaptá-lo às novas necessidades do homem deu origem à escola Mahayana. Conhecida por se preocupar com o próximo, tem como maior objectivo a salvação da humanidade. Exactamente por isso, seu nome significa “grande veículo”. Ao contrário das escolas conservadoras, na Mahayana acredita-se que podem existir vários Budas (seres iluminados) ao mesmo tempo. Actualmente  a vertente apresenta duas subdivisões: Escola Zen, que dá extrema importância à prática meditativa, e Escola Terra Pura, cuja prática de devoção é dirigida ao Buda da Luz Infinita. Ambas são bastante populares no extremo oriente, em países como China, Coreia do Sul e Japão.
 

Vajrayana, a mais recente

Originada a partir do budismo Mahayana, a essência de Vajrayana é o reconhecimento de que todo e qualquer ser humano pode atingir o estágio búdico (tornar-se Buda) e entrar em comunhão total com a perfeição que há na natureza. Seu nome quer dizer “Veículo do Diamante”, mas essa vertente também é conhecida como Tantrayana (Veículo do Tantra) e Mantrayana (Veículo do Mantra). Muito difundida no Tibete  Nepal, Mongólia e norte da Índia, possui diversas subdivisões, entre elas o budismo tibetano, que ainda é dividido em quatro escolas: Nyingma (A Escola Antiga), Kagyu (Transmissão Oral), Gelug (Terra de Cor Cinza) e Sakya (Virtuosos).

Autor: O. Nagoya

sábado, 9 de novembro de 2013

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Budistas celebram Morte como Renascimento.


Diferente de algumas religiões, como o cristianismo que acredita que a morte é o fim de tudo, no budismo do Buda original Nitiren Daishonin a morte não existe, é apenas o renascimento. No Dia de Finados os membros da crença realizam uma cerimónia de falecimento, onde canalizam boas energias para amenizar os karmas da próxima existência de quem já se foi.
No evento, é realizado a leitura do Sutra de Lotus, o Gongyo, depois recitam o mantra “Nam-myoho-rengue-kyo”, um tipo de concentração para ficar em conexão com o universo. E enquanto isso, cada membro realiza uma oferenda.
De acordo com um membro deste grupo de budismo, todos os dias os budistas realizam orações e oferecimentos aos entes que já faleceram. “No dia de finados realizamos uma cerimónia milenar, em que as orações são mais voltadas aos falecidos. Nós fazemos a queima de incensos, para simbolizar, e enquanto recitamos o nosso mantra, cada membro pega um pouco das cinzas e mentaliza o falecido oferecendo energias boas”, explica.
Segundo uma das budistas, a morte para eles é uma página de um livro sem fim. “Muitas religiões acreditam que a morte é um livro e quando ele é lido é fechado e pronto. Já para o budismo é como se cada existência fosse apenas uma página de um ciclo. Sendo a morte um período de sono profundo, por isso nesta condição,estamos em um estado de não substancialidade. Já na vida nós podemos e assim podemos orar para acalmar os karmas ruins tanto de quem está vivo, como de quem está “morto””, conclui.
Flores e velas também são oferendas
Mesmo sendo de uma religião diferente, o significado das oferendas tradicionais como o crisântemo e luz das velas, que simbolizam força e luz, ou outros objectos simbólicos, também são credos dos budistas.
Conforme um membro da religião, quando o Buda original Nitiren Daishonin foi exilado, mesmo vivo, seus seguidores também lhe faziam oferecimentos. E assim a prática se estendeu aos mortos. “Não deixa de ser uma oferenda de energias boas. Os budistas têm a opção de escolher se querem ser enterrados ou cremados quando mortos e mesmo aqueles que são enterrados nós realizamos oferendas. Mas não quer dizer que tenhamos que fazer isso somente no dia de finados”, explica.